quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Massa com carne

O que comemos: crudívoro, vegetariano, macrobiótico, "normal", "normal-saudável", todos os anteriores ou nenhum ocupa um espaço imenso em algumas casas.

Na minha, por exemplo, é um elefante sentado na sala. Às vezes emagreçe um bocadinho, outras incha e parece que ocupa o espaço todo.

Quando eu estava grávida e enjoada, o Pedro resolveu ser crudívoro, ou qualquer coisa do género (alimentava-se basicamente de rebentos, beterraba e outros crús). Deixou de me acompanhar a restaurantes de comida portuguesa e falava da carne como, "uma coisa morta e em decomposição", à mesa, todos os dias. Foi tão degradante que ainda hoje não lhe perdoei e esta é a primeiríssima vez que escrevo sobre isso.

Agora, passado quase um ano da Sara nascer, come um pouco de tudo e até carne. Mesmo no momento em que deixei de me ralar com isso.

Mas existem outras "taras" alimentares, talvez até piores.

O meu filho de 11 anos basicamente alimenta-se de "massa com carne" ou "carne com massa". Não porque não goste de outras coisas. Nada disso. Mas parece que está convencionado que crianças da idade dele só gostam disso e por isso servem-lhe as diversas versões da "coisa" todos os dias, no ATL onde pago €4 por refeição.

Ontem, por distração minha, o jantar era frango com esparguete, ou seja, massa com carne. O Diogo pediu-me: Mãe, não faças mais esta comida ao jantar e comeu muita alface temperada por ele mesmo, sopa e um bocadinho de frango. UAU!!! Que andamos nós a fazer a esta geração?

Com a desculpa de lhes darmos o que gostam e não lhes impingir a tão famosa e traumatizante pescada cozida alimentamos os miúdos assim. E depois vem a obesidade e os diabetes. Claro que sim!


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