quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O casulo e a vida

Que fiz nos últimos 2 meses?

Vomitei, descansei, dormi, chorei. Arrastei-me sem energia, letárgica e por vezes desesperada com a minha própria inabilidade.

Agora que o mal estar alivia um pouco. Que o medo abranda e a barriga se arredonda, reflicto com mais serenidade.

Acho que hibernei.

Que o meu corpo fez o trabalho da lagarta/borboleta no casulo. Misterioso, secreto e poderoso.

E agora, bom, as minhas antenas espreitam para o mundo. Apetece-me dançar. Sinto a bolinha redonda dentro de mim, sinto "aquela" coisa que nos liga ao ser que cresce em nós.

Energia. Presença. Ser.

Consigo finalmente ver um pouco além de mim. E isso é muito bom. É vida.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

12 semanas - Factos e mitos

Chegar às 12 semanas de gravidez é um marco. Um acontecimento esperado, quiçá desesperado, ansiosamente por mim própria e pelas pessoas que me rodeiam.


Às 12 semanas a probabilidade de aborto, retido ou não, já se reduziu drasticamente. No meu coração há muita esperança de que na 5ª feira vou ver uma menina linda e mexida dentro da minha barriga. É uma esperança que cresce a cada dia junto com a dita barriga.


Às 12 semanas, espera-se que as osciações hormonais estejam menos fortes e que a mãe recupere algum/um pouco/o equilibrio emocional.


Às 12 semanas, espera-se que o cansaço crónico, estranho e anómalo se reduza e a mãe volte a ser uma pessoa com energia e vontade.


E ainda se espera que terminem os vómitos (matinais ou não) e os enjoos a qualquer hora, o que no caso do meu primeiro filho só aconteceu no dia em que ele nasceu e nesta gravidez ainda não aconteceu.


Estes são os mitos.


E a realidade? Há uma melhoria ténue (ontem fiz o jantar) mas ainda não aconteceu o milagre tão esperado....

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Azia, enjoos e...solidão

Esta gravidez é uma prova de vontade e resistência. A questão física é pelo menos perturbante, deixei de me sentir válida e activa para me arrastar entre vómitos e azia. Não me apetece fazer NADA - Cozinhar, organizar a casa, nadinha. À noite, arrasto-me, de manhã disponho de 2 horas boas e depois azia e vómitos. Almoço ao meio-dia. Depois, 4 horas de paz. E à noitinha, vómitos e azia.
E a parte psicológica é muito dura. Tem duas vertentes - o medo e a solidão.
O medo é quase patológico. Também é natural. Depois de um "aborto retido" procuro maniacamente qualquer "diminuição dos sinais gravídicos", leia-se redução do inchaço das mamas ou do volume da barriga. Porque diminuição dos enjoos, vómitos e azia não pode ser considerada...só aumento...
E a solidão, bem. Durante a gravidez do D. fui mimada pela sua futura madrinha. Com atenção, perguntas, prendinhas, carinho, idas às compras. Agora não tenho ninguém. As minhas amigas estão noutro edifício e, agora, de férias. Do P. é melhor nem falar - está imerso numa onda de fanatismo religioso, incapaz de qualquer empatia comigo. Falo-lhe em azia e ele fala-me em recitar mantras. GRRRRRRRRR.....
A minha irmã, a minha mãe, estão nas respectivas ondas. Ontem ao telefone a minha irmã nem me perguntou como me sentia...
É uma gravidez triste, apesar da alegria de ir ter bebé. Mas como tenho medo que aconteça alguma coisa, essa alegria está...enevoada. E esta solidão é-me pesada.
Vou ligar à minha amiga C., quase uma irmã para mim. Talvez tenha um pouco de disponibilidade....

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Amniocentese, rastreio pré-natal e outras dúvidas

Esta gravidez prossegue tranquilita, com enjoos, azia, arrotos e por vezes cansaço. Mas até agora sem dramas....
Ontem fui a uma consulta de acompanhamento e sai de lá mais tranquila, aquela médica cria uma boa empatia com as pacientes. Eu sai de lá e sentir-me acompanhada e especial. E como eu preciso disso!
Foi com esta energia amorosa que consegui ouvir os delírios do P. com calma, jantar om ele e ir acalmando-o com festas, massagens e paciência. Sim, é esta a minha vida, uns dias bons outros mais ou menos, por vezes, às vezes o P. é solícito e amigo.
No resto do tempo mergulha na sua neurinha de estimação e inventa problemas para se entreter. Ele preocupa-me, quase como outro filho.
Como estou com 10 semanas de gravidez e 38 anos, o tema agora é a amniocentese. Fazê-la? E o que fazer com ela? Não consigo conceber-me a interromper esta gravidez, matando este bebé tão desejado....por nada no mundo.
Que fazer, então? Para já, o ratreio com análises e ecografia. E rezar para os resultados serem MARAVILHOSOS!
Se estiver alguém a ler-me desse lado com as mesmas dúvidas, este site do "Laboratório da Grávida" está muito simples e esclarecedor: http://www.olaboratoriodagravida.com/

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Regresso de férias

Voltei hoje ao trabalho. Vinha um bocadito apreensiva porque os últimos 2 dias foram difíceis com muitos vómitos, enjoos e sestas. Mas até não está a correr mal, embora o pequeno-almoço tenha ficado na sanita lá de casa.

As férias lá se passaram e foram essenciamente descanso, embora com umas brigas e discussões pelo meio.

E o feijãozinho? Pois está bem e recomenda-se. Ou por outra, na 5ª feira estava muito bem, a mexer-se animadamente na tranquilidade das 9 semanas de gravidez. Gostei tanto de o ver! Acho que vai ser desta! O médico da ecografia disse que ele estava óptimo para a idade! Jé tem braços, pernas e uma grande cabeça. E media 23mm. Agora de certeza já cresceu mais...

Rezar, Comer, Descansar...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Uns momentitos...

....de paz e esperança enquanto desço as escadas e percepciono a minha barriga a "empinar". No fim de 3 gravidezes, apesar de 2 terem sido interrompidas no início, a barriga cede num instantinho. Claro que só pareço gorda. Mas eu sei o que se passa!
Depois volta aquela costumeira sensação de enjôo, vertigem, fome e azia. Assim, sem grandes motivos. Só porque sim e sem ordem pré-definida.
Próxima eco: 6 de Agosto...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Suspensa ou finalizada?

A minha relação com o pai deste bebé está no limite. Não conseguimos falar. Não há cedências. Não há diálogo. só discussões, insultos e radicalização de posições.
Hoje de manhã fez o meu filho mais velho chorar por causa de uma garrafa de plástico vazia que caiu ao chão.
Só come rebentos, como se fosse um coelho. Leva comida de casa, parece que pertence a uma seita. Está hipermagro.
Eu já não aguento mais. Estou cansada destes delírios.
Preciso encontrar um espaço de descanso e família. Paz.
Hoje o meu filho disse-me: "Mãe, trouxeste o diabo para dentro de casa". É um exagero mas não tenho mais forças ou motivação para o defender.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Interior

É uma viagem longa, solitária, interior. Estranha e deliberadamente interior e isso não deixa de ser intrigante.


Estão não é um projecto de casal? Será? Talvez seja. Mas é tão frágil, tão preciosa e única esta gravidez que sinto uma necessidade infinita de a proteger. Creio que estou a ser radical pela primeira vez na minha vida - não consigo aceitar discussões, protejo-me, escondo-me e, confesso, esta atitude é difícil.


Tenho medo, um medo infinito. Tenho esperança, um infinito um pouco maior. É andar na corda bamba e nada, mas nada nos deve perturbar.


Sinto-me melhor agora que o meu filho mais velho voltou. O amor dos filhos é um reduto. O amor que sentimos pelos filho um bálsamo.


E coisas práticas? A barriga incha, os enjoos estabelecem-se numa rotina matinal de vómitos e enjoos simples durante a tarde. Na verdade, nada de mais.


Difícil é a espera, as dúvidas e o medo. Já vos tinha falado no medo?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

6S+/-2D

Ou, para menos entendidos, 6 semanas, aproximadamente. O tempo é como eu suspeitava mas a boa, boa novidade é que o coração deste bebezinho minúsculo já bate, já se vê um pouco de circulação e tanto quanto conseguimos ver está tudo a correr bem.
Transcrevo aqui a mensagem de uma amiga:

"Que bênção de Deus! que o amor vos acompanhe a todos sempre."
É só isto e é tudo isto.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Suave

Esta gravidez é diferente, suave.

Não é assintomática, nada disso.

Mas este bebé e eu partilhamos hamoniosamente o mesmo corpo, com uma certa delicadeza de modos, uma dança de amor.

É certo que ainda agora começamos, mas quando estava do mesmo tempo em Março estava um fanico, enjoada, cansada e doente.

Obrigada, meu Deus, por esta benção.

E agora viajamos suavemente para o fds.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Mas que se passa comigo?

Não consigo falar com o pai deste bebé.
Em parte porque está sempre a repetir as mesmas coisas e eu já não quero ouvi-las outra vez.
Em parte porque são coisas que me irritam e vão contra os meus princípios de vida. Porque não compreendo muito bem o que diz ou o que quer dizer e tenho dificuldade em avaliar como estas loucuras que alimenta na sua cabeça me vão prejudicar e aos meus filhos.
Mas há mais qualquer coisa. Há uma zanga imensa que já senti quando estive grávida em Março. Acho que vem do facto de me sentir sozinha. Sozinha. O desiquilibrio emocional do P. invade tudo e eu fico sem espaço. O meu medo não interessa porque já é repetido. O meu trabalho não interessa porque "o que é isso ao pé da vida de uma criança?".
Então, recolhi-me. Só quero ficar sentada a ver televisão. Sozinha. Quando ele se aproxima sinto-me ameaçada, porque já sei o que vem a seguir:
- Posso ver o que está a dar nos outros canais?
- Ok.
(....) zapping (....) RTP Africa
Acabou o meu descanso. Levanto-me. Fico deitada sozinha no escuro. O P. vem de novo....
Eu preciso de apoio e amor. Se não há disso, então, pelo menos, deixa-me sozinha. A ver televisão e a esquecer...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

terça-feira, 6 de julho de 2010

Tranquila

Meu lindo bebezinho,
Dia a dia a esperança enraiza-se no meu coração. Já consigo "ver" o teu narizinho, imaginar-te ao pé de nós. Mas é uma felicidade tranquila, longe daquela euforia de Março.
Esta é uma gravidez mais tranquila, decerto serás um bebé sossegadinho e calmo. Sinto isso. Os enjoos não são esmagadores. Tudo passa bem.
Só me preocupam as dores, semelhantes ao período na base das costas/rins, às vezes na barriga.
E tenho dificuldade em lidar com as oscilações de humor, em aceitar o teu pai e as suas excentricidades. Por vezes, até o seu toque.
Mas ontem foi bom e hoje já me apetecia agarrá-lo, dar-lhe umas beijocas. Estava muito bonito e bem cheiroso, banhinho tomado, barba feita, camisa aos quadradinhos azuis.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Um fim-de-semana difícil

Bom dia querida ervilhinha,
Este fds foi muito difícil para mim, e creio que para ti também possa ter sido. Não sei porquê não me estou a entender muito bem com o teu pai. Parece-me que há entre nós um conflito de interesses:
  • Por estar grávida, eu esperaria ser cuidada, amada, no mínimo, respeitada quanto às minhas necessidades de atenção, sossego e descanso. Parece-me também que tenho uma grande necessidade de estar sozinha, esta é uma viagem interior e preciso desse espaço. Durante o tempo em que estive grávida da Teresinha senti-me tão desiludida com a falta de carinho e cuidado do teu/vosso pai que desta vez decidi não esperar nada dele. Mas defender com todas as minhas forças e capacidades o meu espaço e o meu descanso. Resulta desta decisão que estou defensiva, que me isolo e que estou desiludida com o teu pai.
  • O teu pai habituou-se a que eu estivesse sempre lá para tudo - para ouvir todos os disparates que o assaltam, para o ajudar a dormir, para respeitar o espaço e o tempo dele. Eu, mea culpa, criei o hábito de o tratar como um bebé mimado. E para ele não há o antes e o depois de ter um bebé cá dentro para cuidar. Continua a exigir os mesmos cuidados, tolerância, mimos e atenções e não espera dar nada em troca que não queira. Responde-me frequentemente, não me sinto motivado para isso, este não é o momento.....Faz birras inacreditáveis por causa da cor das couves, da televisão e da atenção que quer agora e só agora e neste momento....
  • Na verdade, ele está igual a si próprio, se juntarmos a reacção emocional infantil à falta de atenção que eu lhe dou ás vezes. Comporta-se como um miúdo de 3 anos - quer atenção agora! e se não a recebe IMEDIATAMENTE começa a disparatar até receber seja o que for, até mesmo um grito
  • E eu? Pois eu estou diferente, mais sensível e consciente de que neste momento preciso defender o meu bebé com todas as minhas capacidades fisicas, emocionais e intelectuais. Preciso dormir e não consigo se o teu pai me destabiliza à meia noite. Preciso, preciso, preciso....e se já não espero receber grande coisa do teu pai ao menos que não tire o bem estar que consigo gerar para nós, não achas?

Foi só um desafo, querida, espero que estejas a desenvolver-te bem mesmo no meio desta agitação emocional....

sexta-feira, 2 de julho de 2010

1ª ECO

No dia 12 de Julho depois das 13h. Depois, primeira consulta.

Por favor, meu Deus, fazei com que o coração já bata!

Eu acho que é um pouco cedo, mesmo em cima das 6 semanas, mas foi assim que a médica marcou.

Para já ando a tomar ácido fólico. E rezo. Como regularmente. E não posso fazer muito mais....

Porque não dormes, mamã?

Antes de saber que estava grávida comecei a sentir um cansaço saboroso à noite, uma vontade de dormir que eu aproveitava e me fazia muito bem.

Mas agora desde que sei ando inquieta. Com medo. Agitada. E não posso tomar os meus amados comprimidos para me ajudar a dormir.

Resultado: leio, respiro, medito até adormecer lá pelas 2h da manhã. E acordo às 7h. Resultam 5h de sono interrompidas a meio para ir à casa de banho.

Mas sinto-me bem.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Meio de transporte

Porque escolhi chamar-me assim?
Foi em honra a uma amiga querida, que quando estava grávida do promeiro filho se autoproclamou "Meio de Transporte", e depois "Pacote de leite".
Como vamos de viagem, pareceu-me muito bem ser meio de transporte.

O medo

Como um falcão vigio todos os sintomas. A falta de sintomas.

O peito estará tão inchado hoje como ontem? Agora como há bocado?

Revisito as gravidezes anteriores. A do meu filho mais velho, que correu bem. A da Teresinha que correu mal.

Comparo. Comparo. E ainda dizem que todas as gravidezes são diferentes!

É como se fossem o meu único guia.

Obectivamente, sinto-me bem. Um pouco mais sensível a quando passo mais tempo sem comer. Uns enjôos leves e por vezes repentinos.

Mas não me sinto doente, como aconteceu já este ano com a Teresinha.


Será desta?

O teu pai

Bom dia querida,

Bem sei que poderás ser um menino mas a minha intuição vai sempre para o feminino. Neste momento isso também não importa quase nada. Depois veremos.

Acho que esta ligação ao feminino vem do teu pai. Estranho, não? Estranho como somos o encaixe um do outro. Como nos atraimos por isso e como nos chocamos também.

O teu pai é sensível ao que não se vê mas se percepciona, atento aos pormenores, delicado e um pouco frágil como se andasse em carne viva pelo mundo.
Resumido, contido. Magro. Às vezes quase um fantasma nos movimentos.
Foi pescador e move-se sempre como se não quisesse assustar os peixes que por ali estejam.
Viveu mais com os peixes que com as pessoas e é um idealista teimoso. Acredita em trazer para a vida de todos os dias o que o apaixona. E é tenaz e forte nisso. Capaz de me levar à loucura em menos de 2 minutos.
E assim tudo no teu pai apela a uma filha mulher por quem se iria derreter, com aqulela suavidade que as mulheres às vezes aparentam.
Eu não sou assim. Sou aberta, ruidosa e um pouco desastrada. Era capaz de o salvar de qualquer perigo imaginário ou não, mas também de o embalar e de o afogar em beijos e carinhos que o fazem fugir a sete pés.
Eu cá, preferia um rapaz, mas isso fica entre nós...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Comparações

Ao bebé de Março de 2010 chamamos Teresinha. Foi uma gravidez impetuosa. Comecei a ter sinais muito cedo - o peito inchado e dorido, enjoos, cansaço, mal estar, a barriga a crescer...e de repente às 9 semanas, o coração não batia, a tal "gravidez não evolutiva".

Agora não me sinto assim. Sim, o peito está inchado. Sim, tenho náuseas, enjoos leves. Mas uma coisa suave, mais como me lembro do meu filho de 10 anos.

Se calhar vou mudar de médica. Estou a tentar marcar uma consulta. Até me sinto um bocadinho traidora. Mas não faz mal conhecê-la, ver como nos sentimos, eu e o pai.

Do pai falarei amanhã.

A viagem começa

meu amor pequenino, minha querida ervilha, semente, gota d'água



Hoje tive a certeza de que estamos a começar a nossa viagem juntos, nesta terra e neste momento, porque se calhar já nos conhecemos, já dançamos a vida há que vidas. Que sabemos nós?

De tanto esperar já quase perdi a esperança, a candura, a inocência. Depois de ter nascido o teu irmão, no longínquo ano 2000, já fiz dezenas de testes de gravidez.

3 deram positivo.

O primeiro, em 2002, resultou numa gravidez ectópica (fora de casa). Depois passaram 8 anos, 5 dos quais a enfrentar todos os meses a infertilidade.

O segundo, em Março deste ano, resultou numa "gravidez não evolutiva", num aborto, num pesadelo.

Tenho 38 anos. O teste que fiz hoje deu positivo. Se as minhas contas derem certas, o bebé nascerá em Março. Se Deus quiser, se correr tudo bem.

Sinto-me estranha, a pairar na irrealidade, ou na realidade. Decidimos desta vez não contar a ninguém para já. Festejar entre os dois.

Mas preciso reflectir e também preparar-me para o que aí vem: a minha vida a mudar, a mudar, a mudar.

Então vou fazer neste blogue o diário desta viagem, que faremos juntinhos, o mais juntinhos que dois seres humanos podem estar.

Serei honesta, mesmo que doa. Serei incoerente. Serei eu a coberto do anonimato.

Se vieres mudar a minha vida, meu amor, um dia partilharei contigo estas memórias.