quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Amigos improváveis

A esta altura da minha vida tudo me parece improvável. Isto é, tudo o que efetivamente me acontece pareceria à partida improvável. Talvez por isso me sinta tão comovida por estas fotografias ou talvez por serem tão belas. Belas, puras e magníficas.


Vou pedir este livro para os meus 40 anos. Será um presente invulgar para um momento singular na minha vida.

http://aeiou.expresso.pt/mundo-animal-amigos-improvaveis=f707524

O fim de muitas etapas e certamente o início de outras. Sinto que estou num momento parado no tempo. Sinto-me muito só e sem rumo depois da enorme revolução dos 35 anos. Tenho andado mesmo no limite das minhas forças e paciência. Ontem e hoje andei por aqui, mas não trabalhei. A incontinência tem estado muito aguda, embora ontem tenha melhorado para piorar hoje. Parece que vou mesmo ter que pedir ajuda - começar pela incontinência e ir desamarrando o fio da sua origem que pressinto psicológica.


Se tiver o instinto e a habilidade necessárias irei encontrar ajuda para sair desta novela de medo e desamparo em que estou mergulhada já faz uns 2 anos.


Vou ter que o fazer, porque a alternativa é aterradora. É desistir. Continuar neste esforço imenso apenas para me manter à tona. Um esforço imenso só para respirar milhares (milhões?) de vezes por dia, realizar as minhas tarefas, manter a face. Pouco, muito pouco. E imenso. Absolutamente imenso.


Preciso mudar por muito que doa, porque não posso fazer outra coisa. Esta maré de chichi incontrolável está aqui para me dizer isso. É água. São emoções que ameçam afogar-me se não começar a mudar. E preciso de ajuda. Preciso de amigos. Os amigos nunca são improváveis.






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