domingo, 14 de outubro de 2012

Um manto negro

Ou cinzento, ou azul petróleo, adensa-se sobre este país.
Sinto-o no trânsito, no "Continente", nas discussões absurdas dos parques de estacionamento.
Há um desespero esmagador na nossa alma. Simplesmente sobrevivemos. Com dificuldade fazemos o exercício das contas do mês, da semana, dos dias.
Tantas e tantas vezes sozinhos, com vergonha.
Sem saber que ao vizinho do lado acontece o mesmo.
Ou a enfrentar que a nós acontece o mesmo que aconteceu ao vizinho do lado.
É um aperto no coração, uma angústia que esmaga.
O prenúncio de uma tempestade é a opressão.
Eu acredito no trabalho, na recompensa, no esforço mas começo a não ter mais fé.
Srs. governantes, Vítor, imponham limites aos gordos, às corporações, aos lobbies, não paguem as PPP por inteiro, renegoceiem, reconheçam que esta manta não estica mais.
Mas não nos matem a esperança. Não nos espremam.
Porque um homem com fome é um bicho.
E um homem ou mulher que vê os filhos com fome, ou com frio ou doentes é um bicho feroz....

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Hoje tá difícil...

Mas já está a melhorar.
A Sarita teve febre de noite. Hoje estava doentita e não foi à escola.
De noite chamou pelo "papa". Levei-a a ver o Diogo que dormia.
A manhã foi dura. Atrasei-me. Cruzei com o Pedro (o que mais desejo evitar), enervei-me.
Imagino que seja muito difícil ser tão weired, que talvez nem haja 3 pessoas que o entendam.
Paciência. também eu estou muito só.