quarta-feira, 1 de abril de 2015

Sair da estrada

Sim, não era nada disto que eu tinha planeado.
Não queria estar aos 43 anos com 2 filhos e sozinha, tão sozinha, que é como se já me tivesse divorciado 2 vezes ou um milhão delas.
Eu casei na igreja, de vestido branco, com o véu da minha mãe. Chorei. Choramos todos. Acabou.
Depois não casei. É pena, porque se perdeu a festa, mas ainda bem porque ficou mais barato e agora é mais fácil. Mas é igual, é dolorido, é tão mau, tão fora da estrada, que agora só pode melhorar.

Mas ontem percebi, quando me arrastava com a Sara, os sacos do Pingo Doce e um cansaço nos pés que nem podia, enquanto o meu "companheiro" trocava massagens sensoriais com outra ou outras. Ontem, percebi que eu não me vou separar. Eu já ando a viver separada há demasiado tempo.....

E fiquei triste, tão triste que a miuda de 4 anos perguntou porquê.

Se não dá pela estrada, então vamos pela terra batida, que se subam montes e se galguem encostas, mas não posso, não posso mesmo, ficar aqui sozinha na beira da estrada com as maõs cheias de sacos de compras.

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